10/05/2013

Rm


VERSÃO DA CARTA DE PAULO AOS ROMANOS

Rm 1- a) Cristo.
Este é o Evangelho que Deus prometeu pelos profetas, a respeito de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que segundo o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos.

b) Nossa missão.
De Jesus recebemos a graça e o apostolado, para levar às nações a obediência da fé em seu nome. Todos são chamados a ser santos em Jesus, para servir a Deus, anunciando este Evangelho.

c) Saudação.
A vocês que estão em Roma graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo! Dou graças a Deus por todos vocês por causa da vossa fé, e os menciono em minhas orações, suplicando a Deus, se for da sua vontade, deixar-me ir visitá-los, pois quero muito vê-los para lhes anunciar o Evangelho.

d) O Evangelho.
O Evangelho é uma força vinda de Deus para a salvação de quem crê. Nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé, e conduz à fé. E o justo viverá pela fé.

e) O homem e o pecado.
Deus não gosta dos homens ímpios e perversos que pela desobediência (injustiça) aprisionam a verdade. Porque Deus se revela visível à inteligência por suas obras e criação, e não se pode dizer que não. E os homens, conhecendo Deus não o glorificam nem dão graças, ao contrário, se extraviam em seus vãos pensamentos , e seu coração insensato se obscurece. Querem ser sábios, mas se tornam tolos. Mudam a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras. Trocam a verdade pela mentira, adoram e servem a criatura, e não ao criador delas.
Como não se preocupa em adquirir o Conhecimento de Deus, Ele os entrega aos desejos de seus corações, a paixões vergonhosas, aos sentimentos depravados e a um procedimento indigno, de modo que se desonram a si mesmos. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade, inveja, homicídio, brigas, engano, calúnia, difamação, insolentes, altivos, soberbos, rebeldes contra os pais, inimigos de Deus, insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia. Sabem que quem faz tais coisas merece a morte, mas eles não só praticam, como aplaudem, e incentivam os que fazem.

Rm 2- a) A justiça.
Quando se julga (falar mal) o outro se condena, porque não se deve julgar. Deus é bom e tolerante, e quer nosso arrependimento. Mas o homem obstinado e de coração impenitente, acumula ira contra si, para o dia do juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo suas obras. Vida eterna ao que se esforça em fazer o bem, e busca a glória, a honra e a imortalidade. Ira e indignação ao teimoso, ao rebelde à verdade e seguidor do mal. Tribulação e angústia ao que faz o mal. Glória, honra e paz a quem faz o bem. Porque diante de Deus não são justos os que ouvem a lei, mas os que a pratica.

b) A lei.
Os pagãos não têm a lei, mas alguns fazem as coisas que são da lei, e mostram que a ordem de Deus está gravada em nossos corações, e dá testemunho à sua consciência.

c) A igreja.
Mas quem se apóia na lei, e se gloria de seu Deus. Quem conhece a vontade de Deus, e sabe diferenciar o bem e o mal. É instrutor, e se diz guia de cegos, luz para os que estão nas trevas, doutor dos ignorantes, mestre dos simples, que cuide de aprender, e por em prática, para que por sua causa o nome de Deus não seja blasfemado pelos ignorantes.

d) Interior e exterior.
Não é verdadeiro o judeu que o é externamente, nem é verdadeira a circuncisão da carne. Mas se é judeu no interior, e a verdadeira circuncisão é a do coração, segundo o espírito da lei, e não segundo a letra.

Rm 3- a) O homem e o pecado.
Pode a infidelidade do homem, destruir a fidelidade de Deus? De modo algum, porque Deus é verdadeiro, e o homem mentiroso. A nossa injustiça realça a justiça de Deus. Estamos todos sob o domínio do pecado, como diz o salmo: ‘Não há um justo sequer. Ninguém usa a inteligência, ninguém busca Deus. Há destruição e ruína em seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz. Não há temor a Deus diante dos seus olhos’.

b) A lei, a fé e a justificação.
Ninguém é justificado por seguir a lei, pois ela se limita a dar conhecimento do pecado. Mas a lei trouxe a justiça de Deus, que é crer em Jesus Cristo, e por ele ser justificado de graça. Por isso ninguém pode se gloriar, pois a lei da fé não depende da lei, nem das obras, mas da fé em Jesus.

Rm 4- a) A fé de Abraão, e a nossa fé.
Abraão creu em Deus, e foi tido como justo. A promessa de herdar o mundo foi feita a ele, antes da lei. Então é pela fé que se torna herdeiro. Ele esperou a promessa, contra a esperança e a lógica, pois ele e Sara eram velhos. Não desconfiou, nem vacilou na fé, e estava convencido de que Deus a cumpriria, e isso foi tido por justiça. A promessa também é para nós, mas devemos crer que Jesus morreu por nós, e ressuscitou dos mortos para nos justificar.

Rm 5- a) A esperança.
Justificados pela fé temos a paz com Deus, por meio de Jesus que nos traz a graça. Gloriamos-nos até na tribulação, pois ela produz a paciência, que prova a fidelidade, e gera a esperança. E a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. A prova deste amor é que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores.

b) Adão e Cristo.
O pecado entrou no mundo pela desobediência de Adão, e o pecado trouxe a morte. Mas o dom gratuito da justificação de Deus veio para todos com a obediência de Jesus, e com ela a justiça e a vida eterna. A lei mostra o pecado, mas o pecado exige muito mais graça e perdão.

Rm 6- a) Morte e vida em Jesus.
Então devemos continuar pecando para haver mais graça? Não, pois morremos com Cristo para o pecado no batismo, e não podemos voltar a pecar, e ressuscitamos com Cristo para uma vida nova sem pecado. Já estamos mortos para o pecado, e vivos para Deus em Cristo.

b) A liberdade.
Quando se oferece a alguém se torna escravo dele. Pode-se ser escravo do pecado para a morte, ou da obediência para a vida. Mas quem é livre do pecado, se torna servo da justiça.

Rm 7- Conflito: lei e espírito.
A lei só vale enquanto se vive, mas morremos com Cristo para a lei, e ela se tornou ultrapassada. Vivemos agora conforme a renovação do Espírito. Diz Paulo: Sou vendido ao pecado, pois não faço o que quero, faço o que aborreço. Quero fazer o bem, mas faço o mal. Então não sou eu que faço, mas o pecado que está em mim. Assim, pelo espírito sou livre na lei de Deus, mas no corpo sou escravo do pecado.

Rm 8- a) Conflito: carne e espírito.
A aspiração do espírito é paz e vida, e a da carne é a morte. A carne é hostil a Deus, e quem vive na carne não agrada a Deus. Vive-se segundo o espírito, quando o Espírito de Deus habita em nós, e então nos tornamos um filho de Deus.

b) Oração em Espírito.
A criação foi sujeita à vaidade por quem a sujeitou, mas ela tem a esperança de ser libertada da corrupção, para participar da liberdade dos filhos de Deus. Nós também esperamos com paciência a adoção por Deus, e a redenção do nosso corpo. O Espírito vem nos auxiliar, ora e pede por nós o que não sabemos pedir, Jesus o ouve, e intercede por nós.

c) Predestinação.
Todas as coisas concorrem para o bem dos eleitos, aqueles que amam a Deus. Quem os distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à Cristo, que é o primogênito dos irmãos. Se Deus é por nós (pelos eleitos), quem será contra? Quem nos separará (os eleitos) do amor de Cristo? Nem a tribulação, a fome, a perseguição, a espada os separarão.

d) Os eleitos.
Por seu amor somos entregues à morte o dia inteiro, somos tratados como gado destinado ao matadouro. Mas em tudo isso somos mais que vencedores pela virtude de quem nos amou.

Rm 9- a) A promessa de Deus.
Nem todos os filhos de Abraão são seus descendentes, pois para Deus só os filhos da promessa os são. Então Deus é injusto? Não, pois Deus escolhe quem quer, para não depender do esforço de ninguém, e assim manifestar o seu poder. Ele escolhe entre judeus e pagãos, como diz o profeta Oseias: ‘Chamarei meu povo ao que não era meu povo. Mesmo que os filhos de Israel sejam incontáveis, só um resto será salvo’.

b) Fé e obra.
Os pagãos não buscavam a justiça, e alcançaram salvação, e Israel com as obras da lei não a alcançou, pois lhe faltou a fé.

Rm 10- a) Fé e salvação.
Quem confessar que Jesus é o Senhor, e crer que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo. A fé vem de ouvir a pregação da palavra de Cristo, mas nem todos prestam atenção nela. Muitos ouviram, mas não creram. Diz o profeta: ‘Todos os dias estendi minhas mãos a um povo desobediente e teimoso. Manifestei-me a quem não me buscava, por quem não perguntava por mim’.

Rm 11- a) Fé e obra.
Deus rejeitou seu povo? Não, ele disse a Elias: ‘Reservei para mim um resto que não se dobrarão à Baal’. E até hoje existe um resto segundo a eleição e a graça. E se é pela graça, não é pela obra. Mas a cegueira de Israel vai durar o tempo necessário para a conversão dos pagãos, então ele será salvo. Se eles são inimigos pelo evangelho, são queridos pela eleição, pois os dons e chamado de Deus são irrevogáveis. Deus colocou Israel na desobediência para usar de misericórdia com todos, judeus e pagãos.

b) Deus.
Ó mar de riqueza, sabedoria e ciência! Quão impenetráveis são seus juízos, e inexploráveis seus caminhos! Quem é capaz de compreender o pensamento de Deus? Quem é seu conselheiro? Quem lhe deu primeiro, para depois ser retribuído? Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória para sempre! Amém.

Rm 12 e 13 - A verdadeira religião é um bem comum.
1- Não se amolde a este mundo, mas se transforme.
2- Renove o espírito e os pensamentos para discernir o que é bom e perfeito, ou seja, a vontade de Deus.
3- Se precisar, ofereça-se em sacrifício vivo e santo a Deus.
4- Não se ache o melhor de todos, pois cada um tem sua função, como membros do corpo de Cristo.
5- Os dons são diferentes conforme Deus distribui, e cada um faça sua parte para o bem comum.
6- Aborreça o mal se amando uns aos outros com afeição fraternal.
7- Antecipe-se em honrar o outro.
8- Não relaxe o zelo. Seja fervoroso em espírito.
9- Sirva a Deus (não aos homens ou à igreja).
10- Seja alegre na esperança, paciente na tribulação e perseverante na oração.
11- Socorra os fiéis necessitados. Capriche na hospitalidade.
12- Abençoe (não pragueje) quem te persegue.
13- Alegre-se com os que se alegram. Chore com os que choram.
14- Não se deixe levar pelos seus gostos.
15- Não se ache sábio. Seja modesto.
16- Não pague o mal com o mal, mas pague com o bem.
17- Viva em paz.
18- Não se vingue, pois a vingança (o juízo) pertence a Deus.
19- Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem.
20- Seja submisso às autoridades oficiais, pois elas vêm de Deus.
21- A caridade não pratica o mal contra o próximo, ela é o pleno cumprimento da lei.
22- Nada de orgia, bebedeira, desonestidade, discussões, ciúmes.

Rm 14- a) Não julgue.
Acolha quem é fraco na fé, com bondade, sem discutir suas opiniões. Não o julgue por suas crenças, pois ele é servo do Senhor, e não seu. O Senhor ensina e julga. Uns comem de tudo, outros não. Uns distinguem os dias, outros não. Basta que se dê graças a Deus a tudo que  se fizer. As coisas são impuras para quem as consideram impuras, então não discuta por isso.

b) Ser decidido conforme a vontade de Deus.
Feliz é quem não se condena quando se decide, pois tudo que não procede da convicção é pecado.
O Reino de Deus não é comida, bebida, roupas, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo.

Rm 15- Os fortes devem suportar a fraqueza dos fracos, pois Jesus não se agradou, mas tomou nossos pecados sobre si, para que façamos o mesmo, e com um só coração e uma só voz, glorifiquemos a Deus, Pai de nosso Senhor.

Rm 16- Evite as pessoas que causam divisões, escândalos, e se afastam destes ensinamentos, pois eles servem a si mesmo não a Cristo.

Voltar ao Índice
________________________________________________________________________

Nenhum comentário:

Menu

_____________________________________________________________________________

Escolha